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Disfunção erétil – Impotência sexual

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Fisiologia da ereção peniana

 

História:

  • Aristóteles (350 a.C.)

– 3 ramos nervosos carreiam espírito e energia ao pênis. A ereção resulta do influxo de ar

  • Leonardo da Vinci (1504)

– Notou sangue no pênis ereto, e colocou em dúvida o preenchimento por ar

 

Anatomia:

– 3 cilindros: 2 corpos cavernosos e 1 corpo esponjoso (uretra)

– Túnica albugínea

– corpo cavernoso:

camada interna (circular);

camada externa (longitudinal). Ausente ventralmente, as 5 e 7hs = área vulnerável, maior risco de extrusão de prótese

– corpo esponjoso: só camada interna (mais fino), e ausente na glande

– Suporte peniano externo: ligamentos fundiforme e suspensor (qdo há deficiência congênita ou manipulado em “cirurgia alongadora” = pênis instável ou caído)

– Septo entre os corpos cavernosos é incompleto (permite comunicação)

– Dentro da túnica albugínea há sinusóides interconectados, separados pelo músculo liso trabecular, cercados por fibras elásticas, colágeno e tecido areolar frouxo.

Vascularização arterial

– proveniente da a. pudenda interna (ramo da artéria ilíaca interna/hipogástrica)

– 3 ramos:

– a. bulbouretral (supre bulbo e corpo esponjoso),

– a. cavernosa (tumescência do corpo cavernoso); ramos terminais = arteríolas helicinais ou helicoidais (contraídas estado flácido) = suprem sinusóides e tecido erétil trabecular

– a. dorsal (glande).

Drenagem Venosa

 

 

Interno (abaixo) a túnica albugínea

 

– 2 corpos cavernosos à sinusóides periféricos à plexo venoso subtunical à veias emissárias (entre as camadas ext e int da tun albugínea)

 

Externo (acima) a túnica albugínea

 

-SUPERFICIAL = Pele e Tecido subcutâneo: veia dorsal superficial à veia safena

 

– PROFUNDO = Veias emissárias drenam

– dorsalmente: veia dorsal profunda (glande e 2/3 distal dos corpos cavernosos) à corre até atrás da sínfise púbica à plexo venoso peri-prostático (qdo ligado pode ser causa de perda venosa recorrente na DE venogênica)

– lateralmente: vv circunflexas

– ventralmente: vv periuretrais

 

– 1/3 proximal corpo cavernoso = vv emisárias à veias cavernosas e crurais, união, vv bulbouretrais (da região bulbouretral) à veia pudenda interna.

Mecanismos da ereção e detumescência

 

Tecido erétil peniano = células musculares lisas

– parede dos sinusóides (corpos cavernosos)

– parede das artérias e arteríolas

Estado flácido = células musculares em estado semi-contração = existe somente pequeno fluxo de sangue arterial para nutrição (PO2 = 35mmHg, igual sangue venoso)

 

 

Estimulo sexual à libera NT periféricos nas terminações dos nervos cavernosos à relaxamento da musculatura lisa:

– dilatação aa. e arteríolas

– expansão sanguínea dos sinusóides

– compressão plexo venoso subtunical à estiramento da túnica albugínea

– oclusão das veias emissárias (redução do retorno venoso)

– aumento da Pr intracavernosa 90-100mmHg

– pênis em estado de ereção = fase de ereção plena

– incremento na pressão

fase de ereção rígida = contração dos mm isquiocavernosos (principalmente) e bulbocavernoso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Corpo esponjoso e glande

 

– durante a ereção a Pr. é 1/3 a ½ da Pr. do corpo cavernoso

– túnica corpo esponjoso = + fina;

– túnica glande = ausente (< oclusão venosa)

 

Neuroanatomia e Neurofisiologia

 

Inervação Periférica

 

A.) Autonômica (simpática e parassimpática)

– Simpático =

– centro tóraco-lombar = origem T10 a L2, nervo hipogástrio

– Ereção psicogênica (estímulos visuais, auditivos, olfativos)

–Parassimpático

– centro sacral = origem S2 a S4, nervo pélvico

– Ereção reflexa (estímulos táteis)

– Plexo pélvico = emite ramos para inervar pênis (nervo cavernoso), reto, bexiga, próstata, esfíncteres (n. cavernoso = risco lesão durante excisão radical destes órgãos, causa DE).

B.) Somática (sensorial e motora)

– receptores sensoriais pele, glande, uretra à nervo dorsal à nervo cavernoso à nervo pudendo à raízes de S2-S4 à trato espinotalâmico à tálamo e córtex sensorial

 

 

Inervação Central

 

Centro da integração da função sexual e ereção peniana = Hipotálamo* e Hipocampo

 

 

Neurotransmissores

 

A.) Periféricos

 

Flacidez/Detumescência/Contração:

– Norepinefrina (fibras nervosas alfa-adrenérgicas, simpáticas)

– Endotelina (potente vasoconstrictor, produzido por células endoteliais)

– PGF2alfa, TXA2 (sintetizados pelo tecido cavernoso).

Ereção/Tumescência/Relaxamento:

– NO / Óxido Nítrico

– principal NT mediador da ereção

– molécula gasosa, pequeno tamanho, fácil difusão

– sintetizado e liberado: terminações não-adrenérgicas e não-colinérgicas (nervos cavernosos) e endotélio

– enzima NOS, 3 tipos: nNOS (nervo cavernoso = inicia ereção), eNOS (endotélio = mantém ereção) e iNOS

à necessita dos substratos O2 (min Pr. 50-60mmHg) + L-arginina à NO + L-citrulina

– Acetilcolina (fibras nervosas colinérgicas, parassimpáticas)

– PGE1

 

 

B.) Centrais

 

Flacidez / Inibição da função sexual

– Serotonina (5HT)

– Prolactina (aumento da Prl = inibe atividade dopaminérgica, diminui a testosterona)

 

Ereção / Estímulo da função sexual

– Dopamina

– Norepinefrina

 

 

 

Mecanismo molecular do Músculo Liso

 

Contração Muscular

 

– Terminações nervosas simpáticas (nervos cavernosos autonômicos) e Endotélio à Norepinefrina

– Endotélio à Endotelina e PGF2alfa

 

– Receptores à células musculares lisas da parede dos sinusóides e parede das artérias = abertura de canais de Cálcio transmembrana e do retículo endoplasmático = influxo de Ca = aumento Ca intracelular = contração muscular.

Relaxamento Muscular

 

 

– Estímulo Sexual / Erótico, recebido por qualquer um dos 5 sentidos à SNC / hipotálamo à NO

 

– SN Parassimpático à inibe SN Simpático

 

– Terminações nervosas não-adrenérg e não colinérg (nervos cavernosos somáticos) à NO (1os mensageiros)

 

– Receptores à células musculares lisas da parede dos sinusóides e parede das artérias à ativa enzima Guanilato Ciclase

 

– 2os mensageiros intracelulares = GMPc e AMPc

            – abertura dos canais de K

– fechamento dos canais de Ca transmembrana

– seqüestro do Ca intracelular para o retículo endoplasmático

– efluxo de Ca = redução Ca intracelular = relaxamento muscular

 

 

Comunicações Intercelulares

– Sincroniza o processo entre as células musculares lisas cavernosas

– canais intercelulares = Gap junctions nas membranas

– permite a troca de íons Ca e 2os mensageiros

 

 

Fosfodiesterase

 

– inibe a ereção

– catalisa a hidrólise:

– AMPc à AMP e GMPc à GMP

– Famílias 1 a 11

– principal = 5 (iPDE-tipo5)

– somente a 6 não existe nos corpos cavernosos

 

 

 

Disfunção Erétil

 

Prevalência dos 40 a 70 anos

– completa = 5,1 a 15%

– moderada = 17 a 34%

– leve = 17%

 

 

Classificação

 

– multifatorial

Psicogênica (90%)

 

– comportamento sexual e ereção = controle hipotálamo, sistema límbico e córtex cerebral

– 2 mecanismos:

  1. Inibição direta do centro de ereção medular pelo cérebro e exagero da inibição suprasacral normal

  2. Liberação simpática excessiva (descarga adrenérgica) ou elevação periférica dos níveis de catecolaminas

 

 

Neurogênico (10-19%)

 

– Parkinson, AVC, encefalite, epilepsia do lobo temporal

– Espinha Bífida, hérnia de disco, siringomielia, tumor, mielite transversa, esclerose múltipla

– Procedimento cirúrgico = cirurgias pélvicas = PTR (preservação do feixe neuro-vascular = índice de DE caiu de 43-100% para 30-50%; período de recuperação do nervo e da função sexual = 6-24meses), cx de Miles

 

 

Endócrino

 

– Hipogonadismo (testosterona: aumento interesse sexual, frequência de ato sexual e das ereções noturnas)

– Hiperprolactinemia (dça hipófise ou drogas): disfunção sexual ou reprodutiva; ginecomastia, DE, perda da libido, galactorréia, infertilidade.

– Hiper ou hipotireoidismo

– DM

– prevalência mundial 0,5 – 2%; DE prev 3x mais em DM

– pode ser 1ª manifestação em 12% dos DM

– múltiplas alts: SNC, secreção andrógenos, neuropatia periférica, disf endotelial, contração musculatura cavernosa

 

 

Arterogênico

 

– doença arterial oclusiva traumática ou aterosclerótica na árvore arterial hipogástrica/cavernosa/helicinal = redução da perfusão e fluxo arterial para sinusóides = redução do tempo e rigidez da ereção

– FR associados com insuf arterial = HAS, DLP, tabagismo, DM, irradiação pélvica, trauma pélvico ou perineal (ex. jovem com trauma pélvico, ciclistas de longas distâncias)

– Tensão sanguínea de O2 nos corpos cavernosos é menor que na DE psicogênica

 

 

Venogênica

 

– disfunção veno-oclusiva: mudanças degenerativas da túnica albugínea (Peyronie, idade, DM), alts estruturais fibroelásticas da túnica (fratura), relaxamento musculatura lisa trabecular insuficiente (ansiedade, descarga adrenérgica excessiva), shunts venosos =

à redução da compressão plexo venoso subtunical/estiramento da tún. albugínea, oclusão das veias emissárias (retorno venoso)

– vazamento/escape venoso = alts estruturais dos componentes trabeculares, musculatura lisa cavernosa e endotelial

 

 

Drogas

– Antipsicóticos = Risperidona

 

– Antidepressivos

– tricíclicos

– IMAO

– ISRS = paroxetina (inibe a ejaculação)

– novos = mirtazapina e nefazadone = efeitos benéficos sexuais

 

– Ansiolíticos

– bupropiona e buspirona = não associados com ef. colaterais

 

– Antiandrogênios

– ereção noturna durante sono REM = androgênio-dependente

 

– Finasterida: 5mg/d = 5% redução da libido e DE (placebo 1%); 1mg/d = sem disfunção sexual

 

– Flutamida e bicalutamida = até 70% redução libido, porém menos que castração

 

– agonistas LHRH = redução profunda da libido e DE (confirmado por redução na tumescência da ereção noturna)

 

– Outras

– Digoxina, estatinas, cimetidina e ranitidina, opiáceos (hipogonadismo hipogonadotrófico transitório)

 

– Tabagismo

– vasoconstricção e escape venoso musculatura lisa cavernosa; redução ereções noturnas

 

– Etilismo

– pequenas quantidades = melhora ereção: efeito vasodilat e suprime ansiedade

– grds quantid = piora ereção: sedação central, redução libido, DE transitória

– crônico = disfunção hepática, red testosterona, aum nível estrógenos, polineuropatia alcoolica (nervos penianos)

 

– Idade

– progressivo declínio da fção sexual com a idade

– maior latência para ereção, menor turgidez, perda da força de ejaculação, redução volume, aum período refratário, redução da frequência e duração das ereções noturnas

 

– IRC = 20-50% com DE

– DPOC

– Coronariopatia

– Cirrose

 

 

DE primária

 

– início desde a primeira relação sexual

– principalmente devido fatores psicológicos

– minoria: mal-desenvolvimento do pênis, do seu suprimento sanguíneo ou nervoso

 

 

 

Manejo não cirúrgico da DE

 

 

Avaliação Vascular – fluxo sanguíneo peniano

 

1ª linha)

Combinação de injeção intracavernosa e estímulo sexual genital ou audiovisual

– mais comum teste de screening

– teste normal = oclusão venosa normal

– falso-positivo = ansiedade, fobia de agulha, dose inadequada

 

2ª linha)

US doppler penianao

– estuda artéria cavernosa e dorsal

– teste mais confiável e menos invasivo

– realizar ereção fármaco induzida, com injeção intracavernosa

– Velocidade de Pico Sistólico > 35cm/seg = normal (associado com arteriografia normal)

– < 25cm/s = insuficiência arterial cavernosa (associado com arteriografia pudenda anormal, 100% sensibilidade e 95% especificidade)

– assimetria > 10cm/s do fluxo arterial cavernoso = insuf arterial cavernosa grave unilateral.

3ª linha)

Cavernosometria e Cavernosografia

 

 

Cavernosometria farmacológica

– primeiro = fármaco-ereção

– injeção intra-cavernosa, vasodilatação agressiva, alta dose de alprostadil ou trimix = deve ser feito sob condições de relaxamento completo da musculatura lisa trabecular)

– segundo = infusão salina simultânea (1 agulha) e monitorização da pr. intracavernosa (1 agulha)

-exame invasivo, permanência de 2 agulhas no pênis para infusão salina e avaliação pressórica.

– A taxa da pressão intracavernosa deve atingir acima da pr sanguinea sistólica. Utiliza-se de transdutor doppler para checar o fluxo. Interrompe a infusão salina, a pressão intracavernosa começa a cair. Quando detecta-se o fluxo da artéria cavernosa = CASOP (pressão é detectada pela agulha transdutora da pressão)

 

Pressão de oclusão sistólica arterial cavernosa (CASOP)

– quando fluxo da artéria cavernosa é detectado

– correlaciona-se com a Veloc Pico Sistolico (medida doppler peniano)

– gradiente de pressão entre art braquial e CASOP < 35mmHg = normal

– igualdade da pr. art cavernosa direita e esquerda = normal.

– disfunção veno-oclusiva =

– inabilidade de aumentar a pr. intracavernosa ao nível pr. sanguínea sistólica média com infusão salina; ou

– rápida queda da pr. intracavernosa após a cessação da infusão salina

 

– taxa de fluxo requerida para manter pr. intracavernosa > 100mmHg = < 3-5l/min

 

 

Cavernosografia farmacológica

– infusão de contraste radiográfico no corpo cavernoso após fármaco-ereção (e após cavernosografia), para avaliar o sítio de escape venoso

– exame normal (função veno-oclusiva normal) = opacificação dos corpos cavernosos, mas mínima ou não visualização de estruturas venosas ou corpo esponjosos.

  • Exames reservados para homens jovens, candidatos a cirurgias vasculares penianas, principalmente com história de trauma pélvico ou DE primária

 

 

 

Avaliação Psicofisiológica

 

Tumescência Peniana Noturna (ereções noturnas)

 

– 80% das ereções noturnas ocorrem durante sono REM (rapid eye movement)

– RigiScan

– sistema portátil, uso domiciliar

– 2 laços, um posicionado na base do pênis, e outro no sulco coronal

– monitora rigidez radial, tumescência, número e duração dos eventos de ereção

– critérios de normalidade: 4-5 episodios por noite, duração media > 30min, aumento na circunferência > 3cm na base e 2cm no topo

– ereção plena = eixo neurovascular está intacto = DE de causa psicogênica

 

 

Avaliação Neurológica

 

 

Avaliação Hormonal

 

Hipogonadismo

Testosterona

– Síntese com ritmo circadiano = Pico: manhã cedo; Nadir: anoitecer

– Biodisponível = livre (2%), ligada a albumina (65%); Não-biodisp= ligada a SHBG (30%)

– síntese de SHBG no fígado =

– estimulada = estrógenos, hh tireoidianos

– inibida = andrógenos, hh do crescimento, obesidade

Para screening

– dosar a testosterona total da manhã (8 as 11hs)

– confirmar: 2ª dosagem + LH e prolactina

 

 

Hiperprolactinemia

 

– colher amostra em jejum, após 20 minutos em silêncio e em repouso

– Cuidado: dosar Prl somente em pacientes com DE e testosterona baixa = perda de 50% dos 12 diagn de hiperprolactinemia e 3 dos 7 tumores de hipófise

– falso-positivo = stress, alimentos, drogas

– após ex. lab com hiperpolactinemia = RNM hipófise (procura de tumor)

– Bromocriptina = agonista dopaminérgico = reduz o nível de prolactina e restaura os níveis séricos normais de testosterona; reduz o tamanho do tumor / adenoma produtor de Prl

– se resposta não for satisfatória = ablação cirúrgica

– em paciente com hiperprolactinemia com ou sem hipogonadismo = terapia de testosterona não melhora a função sexual

 

 

 

Manejo não cirúrgico da DE

 

 

Mudança do estilo de vida

 

– combater obesidade, sedentarismo, tabagismo

– risco em ciclistas de longas distâncias = parestesia genital e DE, compressão perineal das aa penianas

 

 

Mudanças medicamentosas

 

Fitoterápicos.

Exercícios da musculatura do assoalho pélvico

 

Terapia psicosexual

 

 

Terapia hormonal

 

Testosterona

 

Injetável

– Cipionato e Enantato = forma mais barata de suplementação androgênica

– injeção intramuscular profunda

– 200 a 250mg a cada 2 semanas

– nível suprafisiologico em 72hs (pode aumentar libido, agressividade, sensação bem-estar)

– nível subfisiológico em 10 a 12 dias (redução da energia e libido, depressão)

– a preparação depot não mimetiza o ritmo circadiano normal

 

 

Transdérmica

– a que mais simula o ritmo circadiano

– aplicado pela manhã

– patch escrotal, braços, costas, nádegas

 

Gel

– ombros, braços, abdome

– lavar as mãos após, contato com a pele pode transmitir testosterona (risco parceira)

 

Pellet (pílula)

– 2 a 6 implantadas no SC a cada 3 a 6 meses

 

Bucal

– adesivo em forma da tablete colado à mucosa oral, 2 vezes ao dia

 

Oral (comprimidos)

– metabolizado na 1ª circulação pelo fígado

– altas doses podem ser tóxicas = hepatite, icterícia colestática, hepatomas, cisto hepático hemorrágico, hepatocarcinoma

 

 

Efeitos adversos terapia androgênica

 

– TRH = tto de escolha em homens jovens hipogonádicos

– risco de infertilidade = níveis suprafisiologicos = supressão de LH e FSH

– Policitemia = mais comum alteração lab.

– Apnéia obstrutiva do sono

– Aumento do risco cardiovascular = aumento da massa eritrocitária, aumento LDL e redução HDL; aumenta TXA2 e agregação plaquetária

 

– Não induz câncer de próstata em homens com próstatas normais

– Estudos placebo-controlados mostram pequena diferença no aumento do volume prostático, PSA e sintomas obstrutivos

– Medo = exacerbar câncer oculto

– antes da TRH = TR e PSA, se dúvida = biópsia de próstata

 

– quando em TRH = monitorizar paciente = TR, PSA, Hb/Ht, função hepática, lipidograma

 

 

 

Terapia farmacológica

 

 

iPDE (terapia oral)

– obrigatório estímulo sexual = libera NO, caso contrário são inefetivos

– efeitos colaterais:

– distúrbios visuais

– cefaléia, rubor facial, dispepsia (iPDE inibe a PDE vascular e tbm da musculatura lisa gastrintestinal – vasodilatação)

– a taxa de sucesso após 20 min é menor que após 1 hora

– se paciente não experimenta efeito rápido, deve aguardar 1 hora (sildenafil) ou 2 horas (tadalafil), quando ocorre pico de concentração

 

Risco cardiovascular

– baixo risco = pode usar

– alto risco = estabilizar função cardiovascular antes do uso

 

– estudos duplo-cego, placebo-controlados = iPDE não aumentam risco de IAM ou mortes

– Vardenafil = único não recomendado para pctes em uso de antiarrítmicos classe 1A (quinidina ou procainamida) ou tipo 3 (sotalol ou amiodarona) ou em pacientes com sd congênita de QT longo

– Nitrato = CI absoluta

– Uso de nitrato há mais de 2 semanas = não é CI

– Angina durante relação sexual com uso de iPDE = interromper, relaxar por 5 a 10 minutos e se dor persistir, chamar serviço de emergência e informar do uso de iPDE

 

Injeção intracavernosa

 

– objetivo = obter ereção adequado para o intercurso sexual com duração mínima de 1 hora

 

– Fentolamina

– antagonista adrenérgico

 

– Papaverina

– iPDE inespecifico

– vantagem = baixo custo e estável em temperatura ambiente

– desvantagem = priapismo (até 35%) e fibrose cavernosa (1-33%), devido acidez (pH3-4)

 

– Prostaglandina (Caverject, Edex)

– relaxamento do músculo liso, vasodilatação, inibição da agregação plaquetária

– através do aumento do AMPc intracelular

 

 

– Trimix

– tão efetivo ou mais quanto PG isolada

– incidência muito menor de ereção dolorosa

 

– efeitos colaterais

– Priapismo e fibrose

 

– CI = anemia falciforme, esquizofrenia

 

 

 

Terapia intrauretral (MUSE – medicated urethral system for erection)

 

– pílula pequena semi-sólida (3x1mm), introduzida na uretra distal (3cm) com aplicador apropriado

– dose = 500mcg MUSE = 10mcg alprostadil

– 66% de resposta

– dor peniana = 10,6% com caverject; 33% com MUSE

 

 

 

Aparelho vácuo-constrictor

 

– cilindro de plástico conectado a fonte geradora de vácuo, com pr. negativa; após o engurgitamento peniano, é colocado um anel constrictor na base do pênis para manter a ereção

– Evitar lesão = não deixar anel no local > 30 minutos

– Ereção obtida é diferente da fisiológica e da injeção intracavernosa

– menor nível de oxigênio no corpo cavernoso; a parte do pênis proximal ao anel não fica rígida; a pele pode estar fria e parda; a ejaculação é dificultada; o anel pode ser desconfortável ou doloroso

– para muitos a ereção pode ser próxima ao normal e a rigidez permitir o coito

– também há engurgitamento da glande; pode ser útil em pctes com insuficiência glandular

– Indicação =

– homens com prótese peniana com mal-funcionamento;

– homens com insuficiência vascular grave, com uso combinado de auto-injeção

– Complicações = dor peniana, parestesia, dificuldade de ejaculação, equimoses, petéquias

– taxa satisfação: 68-83%; principalmente aceito nos idosos

– seguro quando usado corretamente, e barato

 

 

Prótese Peniana

– semi-rígida ou maleável

– inflável

 

 

Cirurgia Vascular para DE

 

– recomendada somente para grupo selecionado de pacientes

– é imperativo esgotar e explicar sobre todas as modalidades não cirúrgicas, antes de oferecer o tto cirúrgico

– Incisão de escolha = inguinoescrotal ou semicircular

 

 

Reconstrução Arterial (Revascularização Peniana)

 

– são raros os candidatos

– ideal = jovens com trauma pélvico/perineal (fratura pélvica ou trauma contuso perineal), sem DM, sem tabagismo, sem dça neurológica, sem arteriosclerose ou disfunção veno-oclusiva importante

– demonstração de doença arterial funcional:

– Cavernosometria com gradiente de Pr entre a. Braquial e CASOP >30mmHg; ou

– Velocidade de pico sistólico ao doppler <25cm/s

– necessário arteriografia (artéria ilíaca comum, pudenda interna, epigástrica inferior) = mostrar a qualidade da artéria doadora, e os locais das lesões

– usualmente anastomosa a art epigástrica inferior a um ramo da artéria dorsal peniana, término-terminal (se não possível, término-lateral).

– pacientes com dça arterial ou combinação arterial e veno-oclusiva = oferecer outras opções:

– aparelho à vácuo e prótese penianas; injeção intracavernosa ou iPDE

 

– complicações = edema peniano; hipoestesia, encurtamento peniano, ruptura mecânica da anastomose microcirúrgica

 

 

Reconstrução Venosa (disfunção veno-oclusiva)

 

– são raros os candidatos

– critérios para a cirurgia:

– ereção de curta duração ou tumescência somente com estímulo sexual

– falha em manter ou obter ereção com iPDE ou injeção intracavernosa, várias tentativas, com estimulo sexual

– artéria cavernosa normal ao US doppler ou cavernosometria

– defeito (não importante) no mecanismo veno-oclusivo avaliado pela carvernosometria

– localização do local do escape venoso proveniente do corpo cavernoso na cavernosometria

– sem CI a cirurgia

– abolição do tabagismo

 

– técnica cirúrgica = completa ligadura e dissecção venosa

– incisão inguino-escrotal; ligadura das comunicantes, identificadas entre os sistemas venosos superficial e profundo; liberação do ligamento suspensor do pênis na região infra-púbica; ligadura das veias na haste peniana; ligadura das veias circunflexas; covernosometria após para avaliar se ocorreu veno-oclusão adequada.

– complicações:

– imediata: equimose peniana e escrotal, edema peniano, dor às ereções noturnas

– tardia: encurtamento peniano (20-30%), redução da sensibilidade peniana (hipoestesia ou parestesia da glande).

FONTE: Campbell Walsh Urology – 9a Edição

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